
“A esperança da colheita reside na semente”.
( Henrique José de Souza)
Se não elaborarmos uma mudança justa na nossa vida, esta não florescerá nem tampouco nos brindará com a clarividência que me ensinaste a buscar (meu Mangalam) …Um ser iluminado é o que devemos aspirar pois toda a mudança precede o caos. E a minha mudança será a boa ventura.
Deixaste-me acreditar (outro tu) na simplicidade do amor, num fim de tarde sereno, aliado a uma conversa despojada de secretismo, translúcida e aprazível, num banco de vime. Acreditava que era tão fácil amar assim, sem amarras ou compromissos, apenas com a vontade faminta dos dois, sem necessidade de prestar contas à sociedade,numa liberdade pura.
Via algo que na realidade nunca existiu, mas sim apenas lá no íntimo da minha secreta esfera armilar, pois pegaste nessa ilusão e, com o teu egocentrismo que golpeia e fere profundamente, trajaste-a até que o seu sumo fosse todo sugado…A seguir voltaste as costas procurando outra alma a quem sugarias de novo a sua essência, deixando-a completamente seca como uma árvore depois de um incêndio devastador. E farás tudo de novo, tenho a certeza. O meu beijo foi descartado como quem se vê livre de um disco riscado. E tudo porque, para ti afinal o grande valor da amizade não passa de palavras vãs que são estilhaçadas logo na primeira barreira que se apresenta. Contigo aprendi somente uma lição: as minhas fraquezas são mutáveis....
Arranquei-te do meu coração, já não restam vestígios de raízes…Agora as novas sementes semeadas são ricas em amor, amizade, compreensão e muita bravura. Irão crescer vagarosamente, sendo regadas todas as luas para que se transformem lentamente numa imponente e inderrubável árvore de mudança.